Confissões em um Divã

O verdadeiro esconderijo de meus devaneios

4:32 PM

Vamos fugir?

Mais um devaneio de Thaise de Melo |

O dia era chuvoso e frio, em uma sexta-feira a escola estava monótona e chata. Surge a idéia: _ Vamos fugir?
_ Para onde? – Pergunta Tom.
_ Ah, sei lá. Vamos para o centro da cidade e lá pegamos algum ônibus para algum lugar. – Respondeu Sophia, completamente elétrica e agitada pela idéia que acabara de ter.
_ Ta vamos...
Então se despediram de Rachel, que não pode ir por conta de uma prova. Colocaram o jaleco da escola federal na qual estudavam juntos há quase um ano e tomaram um ônibus rumo a parte central da pequena cidade. Durante o percurso decidiram ir para um shopping que ficava na cidade vizinha. Desceram do ônibus em que estavam e se dirigiram para o ponto do ônibus intermunicipal e o tomaram. A viagem demoraria por volta de uma hora, então os dois foram conversando, Sophia falava de como havia sido sua festa de 15 anos e sobre como era sua relação com o pai e sobre coisas típicas de pessoas que buscam se conhecerem. A viagem passou tão rápido que Tom nem percebia a hora que passava, até que Sophia com um olhar assustado e um rosto confuso diz:
_ Acho que já passamos do ponto que era pra soltar.
Tom se assusta, afinal não sabia chegar ao tal shopping.
_ Pergunte a cobradora! – Sugeriu Sophia.
E Tom o fez. O ponto onde deveria descer era o seguinte. Todos então respiraram aliviados, levantaram, puxaram a sirene e desceram do ônibus.
Os dois, como dois típicos adolescentes que fogem da escola com pouco dinheiro no bolso, ficam dando voltas no shopping, vendo vitrines e observando se as pessoas que passam em volta são bonitas ou feias.
Tom observa que o elevador do shopping era externo, e de vidro, daqueles que dá pra ver a altura em que se está, e começa com a insistente idéia de andar no elevador, como uma criança que quer andar em um brinquedo no parque. Então eles foram e subiram do primeiro ao terceiro andar. Chegaram à praça de alimentação.
_ Comeremos fast-food ou algo quente?
_ Ah Sophi, sei lá, você é quem sabe.
_ Então vamos tomar café expresso e comer pão de queijo, porque o dia está frio.
_ Está bem.
Os jovens se dirigiram até uma pequena cafeteria, Coffee Express, fizeram o pedido e se sentaram. A cafeteria ficava no meio da praça de alimentação, e era quadrada, o balcão era de granito e haviam bancos de bar em volta. O pedido chegou e eles começaram a conversar. Tom não pode deixar de perceber que o gerente do estabelecimento era um encanto e Sophia não pode deixar de comentar sobre o menino de olhos claros que estava no balcão adjacente.
Conversas, confissões, histórias, observações e risos, muitos risos.
Sophia e Tom acabaram os cafés e deram mais uma volta no shopping, e encontraram uma loja de livros e CDs, entraram e ficaram lá um tempo, folheando clássicos e novidades e vendo álbuns antigos e alguns até raros. Saíram da loja.
_ Tom vem comigo que eu quero te mostrar uma coisa.
_ Ta bem Sophi, vamos.
A garota levou Tom até o estacionamento que ficava na cobertura do prédio, a uns cinco andares, e o mostrou a vista. Tom ficou encantado. A rua vista daquela altura até parecia que era tranqüila e quieta, o vento frio soprava mais forte e o céu nublado parecia mais perto naquele momento.
_ Sophi, isso aqui é incrível.
Dizia Tom com um ar de surpreso.
_ É eu sei disso.
De repente um guarda aparece:
_ Perdoem-me, mas não é permitido ficar transitando pelo estacionamento.
_ Sim senhor, já vamos. – Respondeu Tom, com o rosto desapontado.
Voltaram para dentro do shopping e encontraram uma porta lateral, onde havia uma espécie de canteiro que servia muito bem como banco. Sentaram ali e ficaram ouvindo música do Ipod de Tom.
_ Sophia temos que voltar, nós prometemos a Rachel que voltaríamos para a escola a tempo de encontrarmos com ela.
_ É verdade vamos, já são quatro horas.
Levantaram e desceram à rua lateral do shopping, ainda em baixo de chuva fina.
_ Sophia os cigarros de cereja estão aí?
_ Estão sim.
_ Me dá um?
Sophia tira da bolsa o maço de L.A Cherry e o isqueiro. Um cigarro para cada um, eles acende e o cheiro meio doce logo sobe. Aceleraram o passo para fugir da chuva que apesar de fina era insistente. Chegaram ao ponto e ficaram lá aguardando uns cinco minutos até que tomaram o ônibus de volta.
_ Tom você nunca foi a minha casa não é.
_ É
_ Esse ônibus passa lá perto, te levo lá pra você aprender o caminho.
_ Tudo bem.
E mais uma hora de viajem de volta. Novas conversas e novos risos. Então finalmente chegaram à casa de Sophia. A empregada ainda estava lá fazendo seu trabalho. Sophia mostrou o álbum de 15 anos e a casa em geral.
O celular de Sophia toca, era Rachel.
_ Sophia onde vocês estão? Eu estou esperando há uma hora.
_ Já estamos chegando Rachel, eu juro.
_ Então ta...
Os amigos então saíram da casa de Sophia, e como a chuva havia parado, foram andando para a escola, o percurso demoraria uns dez minutos.
Quando chegaram lá, encontraram Rachel esperando junto com John e todos sentaram e ficaram conversando até o finalzinho da tarde, quando todos decidiram que já era hora de ir para suas casas. O ônibus de Rachel foi o primeiro, depois o de Sophia, Tom e John foram tomar o trem.


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Olá queridos.

Texto sobre a sexta-feira, 14 de março de 2008. Um dia em que não fiz nada de incrível, mas que me diverti como nunca. [ ^.~ ]

Beijos a todos.
E um super beijo para meu o meu amigo Luis. =)

5:44 PM

Todas as mulheres do Mundo

Mais um devaneio de Thaise de Melo |

[Todas as mulheres do mundo - Rita Lee]


Elas querem é poder!

Mães assassinas, filhas de Maria
Polícias femininas, nazijudias
Gatas gatunas, kengas no cio
Esposas drogadas, tadinhas, mal pagas

Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz

Garotas de Ipanema, minas de Minas
Loiras, morenas, messalinas
Santas sinistras, ministras malvadas
Imeldas, Evitas, Beneditas estupradas

Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz

Paquitas de paquete, Xuxas em crise
Macacas de auditório,velhas atrizes
Patroas babacas, empregadas mandonas
Madonnas na cama, Dianas corneadas

Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz

Socialites plebéias, rainhas decadentes
Manecas alcéias, enfermeiras doentes
Madrastas malditas, superhomem sapatas
Irmãs La Dulce beaidetificadas

Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz


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Uma forma de dar o Parabéns para todas as mulheres do mundo.
Beijos a todas !!

11:30 PM

Bisous, Blues et la poésie

Mais um devaneio de Thaise de Melo |



[Beijos, Blues e poesia]

Ontem foi aniversário dele, pensei em fazer algo especial e depois meu quarto. Não foi bem o que aconteceu, mas mesmo assim foi bom.
Para início, não tivemos aula, eu sugeri um cinema e ele foi reunir a galera. Quando chegamos ao shopping percebemos que não havia nenhum filme que valesse a pena. Então ficamos todos sentados na praça de alimentação, duas mesas separadas, a galera em uma, cerca de dez pessoas, e na outra os amigos, éramos quatro. A galera foi embora e nós, os amigos, resolvemos voltar à escola. Ainda juntos, comemos algo e fomos para casa, bem ele veio para minha.
No fundo ele já sabia o que eu queria. E eu meio sem jeito de chamá-lo para o quarto usei a desculpa do computador. Quando entramos, ele, como de costume, deitou na minha cama e eu não resisti, deitei por cima dele e comecei a beija-lo. Tudo pareceu mais quente, o corpo mais agitado. Em minutos eu já estava nua e ele só com a roupa de baixo. A respiração ofegante, o corpo entrando em êxtase, ele deitado por cima de mim, e de repente ele pára. Sorri. E diz: “Eu adoro te ver assim.”. Começou a fazer carícias em meu rosto e com o maior sorriso, me disse a melhor frase de se ouvir: “Eu te amo.”. A felicidade me tomou por completo. Ele deitou em meus seios e ficou ali, parado. Nesse momento veio a minha mente todos os caras que gostariam de me ter e ele ali me dizendo que só o fato de estar abraçado comigo já era o suficiente para deixá-lo satisfeito. Ficamos assim, conversando, trocando juras e sentimentos. Resolvi levantar, mas ele acabou me convencendo a voltar para cama, deitamos novamente, dessa vez ele ao meu lado e eu com uma das pernas, um dos braços e a cabeça debruçados nele.
A noite estava calma e pela janela aberta entrava um vento fresco.
Ele adormeceu, e eu, como sempre, velei seu sono. Em meio ao silêncio, comecei a pensar o quanto ele é especial e único. Passado um tempo, resolvi acorda-lo, lembrei que minha mãe poderia chegar a qualquer momento. Ele acordou sorrindo e agitado. Tentei tira-lo da cama, mas ele, mais uma vez, me puxou de volta. E então começamos tudo novamente, mas desta vez, fomos até o fim.
Sorrisos... Beijos... Suspiros... Desejos... Pedidos... Gestos... Ordens...
O celular toca. Era a mãe dele, dizendo que uma dezena de pessoas já havia passado na casa dele para lhe parabenizar e pedindo que ele não demorasse muito para sair de minha casa. Já que certamente ele demoraria cerca de uma hora para completar o percurso.
Então, um tempo depois, nos vestimos, e entre beijos e conversas conseguimos sair da minha casa.

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P.s (1): Texto escrito originalmente dia 29 de Fevereiro de 2008, durante uma entediante aula de biologia e em meio á ótimas lembranças.

P.s (2): Texto escrito para ele.