Eu sinto falta do que nunca vi, do que nunca vivi, do que nunca senti. Sinto o cheiro de algo que não existe, que ainda não foi inventado, que ainda não pensei, nem imaginei. Meu coração bate em desespero por algo que não é, que não respira, que não surge, nem some. Sinto a ausência do que quero e não existe. Ou do que existe e eu não aceito. É sem importância.
O cotidiano atormenta, a incessante reprise da mesma cena enjoada, a falta de cansaço ou excesso dele, as mesmas melancolias dramáticas e insossas. Semana passada havia cor no horizonte, hoje o passado é preto e branco. E ainda vale a pena. Ou será que tudo não é colóquio sonolento para acalentar o bovino, e será que tudo não passa de um nada sem importância, que logo se esvairá em lembranças de pequenos flashes dos momentos de sorrisos dados sem motivo ou com algum? E ainda vale a pena?
Já não é nítido se há motivo para continuar ou não. Mas há temor. E o temor vale como motivo? De que adiante ter o que não ser quer nas mãos? E adianta ter nada nelas? E quando o que se quer não há?
Perguntas que não fazem nexo. Perguntas que não deveriam ser feitas. E que só para o simples, desgostoso e tentador auto-tormento repito incessantemente a cada noite de insônia. Só pra ter o prazer - meio mórbido, admito – de ouvir a alma gritar e explodir em letras e palavras e textos e histórias que nunca deveriam ter existido, que nunca deveriam ser contados, que deveriam continuar em segredo escondidos dentro de um baú velho e empoeirado em um canto escuro qualquer. Mas faço a questão de lançá-los a luz só para o prazer egoísta de tornar real – mesmo que por pouco tempo – o que eu quero e desejo, aquilo que não existe, aquilo que nunca foi. E depois, com algum pesar, talvez, vê-lo novamente esmorecer e sumir, para que eu novamente possa fazer-lhe ser.
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- Você entendeu?
Beijooos!
5 Análises:
Perguntas pertinentes!!!
Há um vazio em todo mundo, e todos procuram preenchê-lo de alguma forma: Dinheiro, fama, risadas, sexo, divertimentos variados, conquistas...
Andamos por aí atrás de algo que não sabemos, e nem ao menos sabemos que corremos.
Feliz aquele que descobre que há um vazio, e que não sabe como preenchê-lo. O próximo passo, e saber como!!!
Ola Thaise, esse vazio sempre está comigo juntamente com umas saudades estranhas que não sei bem explicar...
Desejo pra vc e sua familia um maravilhoso 2009, cheio de paz e alegria.
Beijos nas suas bochechas!!!
Primeiramente obrigada pelo comentario em meu blog e desculpa a demora para responde-lo.
Não esta perdendo nada te garanto, a cidade lá é um tanto parada em qualquer época a não ser quando tem raves mais é muito difícil,uma,duas no máximo três vezes no ano.
É tem lá seus lados bons!
Porque aqui onde eu moro o raio do livro ainda não chegou,vê se pode(?) eu estava lendo na internet
Domingo fui pra campinas aproveitei e dei uma passadinha no shopping e andando vi o “crepúsculo” e também “lua nova” agarrei e livro e não o soltei até que meu tio o compasse o_o’
Eu vi o filmes assim que cheguei de minas,acho que foi no dia 27 de dezembro muito bom! *-*
Nossa meio confuso esse texto mais cheio de sentimento e profundos.
É horriel sentir esse vazio né,as vezes ele ve mesmo quando você se sente feliz e esta rodeada de gente,porque você não esta interamente completa ainda precisa de algo ,porém não sabe o que.Isso confunde a cabeça de qualquer um :\
Feliz 2009 um tanto atrasado :x
entendo sim :(
e quem é que poderia realmente entender????
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