Esse hoje poderia passar em branco, indiferente, sem nada. Hoje, isso não teria importância. Quem me abrigaria a fazer de cada momento algo memorável, quando o ato de não fazer nada também é uma ação? Quem disse que para um segundo ser importante é necessário acontecer algo durante ele?
Então venha
Não escute o que digo
Me tome nos braços
Desfaça seus laços
Faça o que eu preciso
Uma noite e nada mais
A eternidade pode ser fugas
Eu juro que não quero teu abrigo
Fique quieto e venha comigo
Quando a luz vier à tona
O desejo terá ido
Teu corpo voltará a ser proibido
Então me esqueça...
Foi apenas mais um cigarro.
- Não posso mais viver sem você! Isso é fato. Droga! Como pude deixa acontecer? Logo eu que não gosto de depender de ninguém, fui depender de você para ser feliz. Como fui burra de me deixar encantar por esse seu jeito quieto, calmo, por essa sua voz baixa, esse sorriso bobo, esse abraço quente. Eu sou uma imbecil mesmo! Ser fisgada por alguém completamente diferente de mim, que não gosta de nada que eu gosto, que não repara em nada, que de repente diz tudo que eu precisava ouvir e me deixa com cara de boba e um sorriso que não se desfaz facilmente. Ainda não acredito que fui cega o suficiente para não enxergar que sempre sentia falta do teu calor e da tua voz, que me perdia pensando em teus beijos, e que a falta deles me fazia adoecer. Fui tola e acabei acreditando arduamente em todas as tuas juras e promessas e agora já não consigo deixá-las. Ta vendo no que deu? Acabei como uma dependente, como uma burra, cega, tola, como uma menina completamente apaixonada.
E depois de ela ter dito tudo isso aos berros e com um tom de desespero, ele riu o sorriso mais sacana e disse:
- Eu te amo, sabia.
**--**--**--**--**--**--**--**--**--**--**--**--**
- Você já fez essa burrada?
Beijos.
Dê-me teu abraço mais apertado
Teu sorriso mais safado
E teu beijo mais molhado
Chegue como se nunca tivesse ido
Diga que eu sou teu melhor partido
Confesse que não vive sem meu abrigo
E, assim, desperte todo libido
Esqueça o que não é permitido
Se atire sem pensar no perigo
Lembre-se do que foi prometido
E só depois, podes voltar ao meu coração.
No último final de semana eu viajei para Saquarema, para o chalé de uma amiga da minha mãe. Já fazia oito anos que eu não ia aquele lugar. O chalé fica distante da praia uns 20 metros. Eu já tinha me esquecido como era ficar tão perto do mar. Voltei daquele lugar com a cabeça pensando sobre eu e o mundo e sobre o mundo.
Domingo (meu aniversário, diga-se de passagem) durante a tarde resolvi sair para andar, acabei indo andar na areia da praia, e ás vezes chegava perto do mar para sentir a água nos pés. O dia estava com o céu das 4 da tarde limpo, mas com um vento gelado, a água do mar estava quente e a praia só não era vazia completamente por conta de uma ou outra pessoa que passava se exercitando, em resumo a praia estava perfeita, ao menos para mim, praia só é boa no inverno ou às 6 da manhã no verão. Pois bem, eu fique andando pela praia ouvindo algumas mpb’s no celular e pensando como era bom sentir a areia fina e fria nos pés, no primeiro momento que coloquei o pé naquela areia me veio de súbito uma emoção que meus olhos se encheram de água. Conforme eu andava alternava o olhar entre a areia, o céu, a estrada e o mar, e cada vez que eu olhava o mar me surpreendia como se fosse a primeira vez que via aquelas ondas, aquela espuma, aquele azul, aquela linha onde ele parece tocar o céu e se torna infinito. Então comecei a pensar sobre como aquelas horas estavam sendo perfeitas para mim, até mais perfeitas do que se estivesse calor, a praia cheia de um monte de gente falando e bebendo, àquelas horas estavam sendo perfeitas porque eram apenas eu e a natureza, lembrei o quanto a natureza me faz bem, e o quanto eu preciso estar perto dela, lembrei que quando eu tinha uns 8 ou 9 anos eu pedia licença ao mar para entrar nele, como se o mar fosse vivo, como em sinal de respeito a tudo aquilo que era tão superior a mim. E lembrei, então, que era o meu aniversário, que eu estava crescendo, e fiquei com medo de crescer e esquecer essa necessidade, como eu quase tinha feito, de esquecer que eu fico triste quando passo muito tempo longe da natureza pura, de esquecer a importância e a simplicidade e a perfeição de tudo aquilo, de crescer e me atolar com todas as minhas responsabilidades e desejos e nunca mais largar tudo em casa para ir andar descalço na areia da praia em uma tarde de inverno. Senti meu coração ficar pequenininho de medo, mas então uma onda do mar, um pouco maior do que as outras, molhou meus pés e eu olhei para o mar e foi como se ele dissesse “eu sempre vou estar aqui” e então eu percebi que só iria depender de mim.
Eu gosto bastante desses poemas mais curtinhos, e como quase nunca escrevo um, resolvi postar essa proesa.
Beijos a você!
Bem, meu nome é Thaise e eu escrevo desde de... Não lembro. Eu comecei devagar, porque uns amigos mais velhos faziam, no início era uma forma de colocar pra fora tudo o que eu não tinha coragem de dizer, em seguida comecei a usar mais vezes, passou a ser uma forma de ordenar os pensamentos e me acalmar, depois não teve mais jeito, era sempre, durante as aulas, nos dias de tédio, no meio de minhas insônias, comecei a imaginar e devanear e não ficava quieta até colocar tudo no papel. E quando dei por mim, já estava viciada. Quando eu comecei, me lembro, que eu pensava que não ia dar em nada, que ia ficar só por ali mesmo, só naqueles momentos de raiva, até porque eu nem sabia que era capaz de ir além. Mas isso não é tudo, foi ficando pior. O meu fichário passou a ter uma divisão só para os meus textos, e quando eu fique cansada de gastar tanto papel criei um arquivo do Word só para eles. Mas eu queria mais, não consegui me satisfazer em escrever só para mim ou para alguns amigos, eu precisa de mais, foi então que cheguei ao extremo de todo escritor amador (ou não) e comecei a participar da comunidade dos blogueiros. É uma comunidade onde várias pessoas que escrevem (bem ou não), compartilham textos, contos, notícias e algumas bobagens em geral. Esse foi o fim, meus companheiros. Quando dei por mim, já estava dizendo coisas como: “Eu amo meu blog”.Ou “Preciso muito atualizar meu blog, ele ta abandonado”.Ou até mesmo “Aii meu blog ta tão bonito”. Fiquei desesperada quando percebi a que ponto eu tinha chegado e resolvi me afastar desse vício, que já estava me impedindo de prestar atenção nas aulas chatas. Mas existiam alguns “amigos” que não queriam que eu abandonasse esse vício, afinal eles gostavam de ter contos para ler às vezes e de trocar estórias comigo, então esses “amigos” diziam: “Nossa você escreve tão bem” ou “Poxa Thaise escreve um livro algum dia” e coisas do tipo. Eu posso dizer meus queridos, é duro esse vício, e como qualquer outro vício você nunca fica nele, ele sempre te leva a outros, no meu caso passei a ler mais e mais, me transformei em uma devoradora de livros, daquelas que pega uns cinco livros emprestados de uma vez para sempre ter um para ler quando acabar o que está lendo. Hoje eu vejo como é difícil deixar essa vida para trás, por isso cheguei até aqui, por isso resolvi pedir ajuda, e hoje eu admito, sou uma VICIADA EM PALAVRAS.
Eu me simpatizei bastante com esse homenzinho. Veja porque:
E ela se sentiu sozinha e desprotegida
E ela viu que agia em meio ao breu
E ela sabia que nunca poderia explicar suas atitudes
E não compreendia o porque de suas ações não corresponderem aos seus pensamentos
E mais uma vez ela se perdeu em meio à vida
Se distanciou de seus objetivos e abandonou seus caminhos
E já não havia mais a vontade de lutar ou de voltar
E ela ficou parada na estrada, durante aquela noite fria
E ficou como quem torce para ser salva.
.Kisses.and.Kisses.
T.M
Desde de criança eu sou assim. Eu nunca podia (e ainda não posso) ficar em dúvida, porque eu sempre arrumava um jeito de não ter que escolher e ficar com tudo. Eu era daquelas crianças que ou comprava mais de um pote de sorvete ou comprava um de napolitano pra poder ter um pouquinho de cada, pelo menos.
O problema é quando esse instinto não acontece só com as roupas, com os sapatos, ou com o sorvete.
Eu sou assim com a vida.
Eu já tive pessoas que me deram um país e eu exigi um continente, e quando eu achei alguém que me deu um continente eu cismei que queria o mundo, e agora que eu tenho quem me dê o mundo eu to querendo o Sol.
Sinceramente, eu já não sei o que fazer comigo...
E como de costume, eu quero aquele colo quente que me acode e que me conforta quando eu chego em casa, e eu quero aquela tal liberdade que a noite dá. Eu quero a paixão momentânea, com todas as suas incertezas e o amor eterno, com toda a sua caretice.
_ O meu computador, como o de qualquer outro mortal, morreu. Simplesmente isso, a máquina fez "puff" com direito a cheirinho de queimado e tudo, e agora após todo esse tempo consegui ele de novo, bem, na verdade agora ele tá bem melhor e mais rápido. Se tudo continuar assim pretendo voltar a postar como antes, como bem antes...
_ Algumas coisinhas mudaram... Primeiro: "Eu sou ego, eu sou ísta", e isso se tornou ainda mais claro há uns 20 dias atrás quando recebi a notícia que teria a possibilidade de eu passar a ter um irmãozinho depois de 16 anos de unicidade. Segundo: Ganhei novos velhos amigos. Simplesmente vivi aquela frase de Shakespeare, "Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. ", e sim isso é verdade... Terceiro: Voltei a ler e estudar mais sobre Wicca. E penso ser só...
_ Só pra não dizer que nada de bom eu fiz, vou colocar um poeminha que escrevi num outro dia qualquer, quando estava sentada num restaurante insignificante ao lado de uma bebida que nem lembro...
Como desalmada ou como depravada
Me veja como o demônio
Que te convencerá que o caminho torto é melhor
Não me importo que você negue pro mundo
Só não quero que você minta para você mesma
Apenas confesse,
Bem baixo no meu ouvido, só pra eu ouvir.
Diga o que eu já sei, diga que você me quer.
Não me importa que você vá ou que me esqueça
Mas diga pra você mesma que você me quer
Se convença que o inferno pode ser divertido
E que seu demônio pessoal pode ser bom
Não me importo que você negue pro mundo
Só não quero que você minta para você mesma
Apenas confesse,
Bem baixo no meu ouvido, só pra eu ouvir.
Diga o que eu já sei, diga que você me quer.
O dia clareava e o sol se erguia com furor, para Maria o dia seria longo, afinal aquele era o seu último dia como Maria da Rocha, no dia seguinte por volta das cinco da tarde ela se tornaria Maria de Alencar, a esposa do senhor Ricardo de Alencar, um dos melhores partidos de Santa Clara, o homem, apesar de jovem, era dono de uma boa fazenda no interior da cidade, e por milagre divino havia escolhido ela para casar.
A mulher passou a manhã revendo a lista de convidados, e cada vez que via o nome de uma família importante vibrava de alegria e entusiasmo, como se aquilo fosse um beliscão que lhe dizia que tudo não era só um sonho.
Enquanto isso, o homem, após um telefonema, sorrateiramente, deixa um de seus apartamentos do centro da cidade, e dentro de seu Mitsubishi 4X4 preto segue para a fazenda por um caminho que seguia fora da estrada, afim de que ninguém visse para onde ia.
No início da tarde, Maria recebera o vestido e correu para experimentá-lo. A mãe de Maria era a imagem da pura alegria e se apressava em ver os detalhes para que não ficasse faltando nada no grande dia.
Ricardo chegou à fazenda, e o sol já estava alto, ele estacionou o carro no gramado logo depois da entrada e começou a correr em direção ao aglomerado de quitinetes, onde moravam os empregados. O caminho pareceu mais longo que o de costume. Quando finalmente chegou á uma das casas, abriu a porta sem bater, encontrou Eliana, sentada á uma mesa de madeira e em meio a prantos desesperados. O fazendeiro tentou acalma-la. Em vão. Ela em meio ao choro e soluços, falou o mais firme que pode:
_ Se você se casar eu vou embora e tiro o seu filho de dentro de mim.
Ricardo ficou estático, não conseguia imaginar o que dizer ou o que pensar, e nem conseguia acreditar que tudo aquilo era verdade. No fundo sabia que amava Eliana e que queria seu filho, mas também sabia que para sua família o certo e devido era casar-se com a moça de boa família e casta. Ele voltou a si, e viu novamente Eliana, ali sentada chorando desesperadamente e sentiu uma dor no peito como se um punhal o tivesse atravessado. Então como que por um impulso, ele se virou e saiu batendo a porta de modo que o barulho foi ouvido até pelos vizinhos.
Ricardo voltou para a cidade em alta velocidade, mas dessa vez pela estrada. Ele queria chegar rápido, não importava como. No fim da tarde, chegou á casa de Maria e com desespero se pôs a bater na porta.
Maria despertou do devaneio em que estava devido ao barulho alto e constante na porta, então se levantou e foi abrir, se surpreendeu em ver Ricardo e mesmo percebendo que a feição dele não era das melhores, deu um sorriso e disse:
_ Amor não esperava você aqui hoje.
E ele sem respirar, disparou a falar uma sucessão de fatos, que para Maria não fazia nenhum sentido, até que ela ouviu:
_ ... E eu amo Eliana e ela espera um filho meu e não posso me casar com você assim, estaria enganando nós dois. Desculpa-me Maria, mas na verdade eu não te amo. Cancele o casamento, fique com o apartamento ou não sei, a única coisa que eu sei agora é que você merece alguém que te ame de verdade.
Maria parou de sentir o chão sob seus pés, e teve a sensação de que seu corpo estava se esvaindo aos poucos, cada palavra que ele dizia machucava como um tiro e a dor fora tamanha que fez a voz quase acabar, ela com um sussurro só conseguiu dizer:
_ Mas eu te amo.
Mas era tarde, Ricardo não ouviu, ele já havia virado as costas e ido em direção ao seu carro.
A mãe de Maria que estava nos fundos da casa ouvira tudo e não conseguira fazer nada, ficou lá parada observando sem conseguir ou poder dizer uma palavra se quer.
Maria agora abandonada, sozinha, sem chão, pôs a chorar, ela agora estava envergonhada e sem rumo. A mulher foi até o seu quarto e colocou o seu vestido de noiva, se olhou no espelho e relembrou tudo que ouvira há alguns instantes antes, em seguida foi até o quarto de seus pais e em cima do armário encontrou a arma do pai que ficava ali, e entre lágrimas e sem nenhuma palavra deu um tiro na própria cabeça. O sangue, ainda quente, descia e tornava o alvo, rubro. A mãe quando ouviu o barulho despertou e voltou à realidade, correu para ver o que a filha havia feito e a encontrou caída no chão do aposento, tarde de mais, Maria estava morta. A mãe dela, sem saber o que fazer se pôs a gritar com toda a força que tinha e com todo ar que tinha nos pulmões.
Ricardo a essa hora já estava longe dali, havia voltado para a fazenda. O homem se encontrava inconsolável, chorava e gritava como uma criança assustada. Quando retornou a casa de Eliana e abriu a porta para dar a boa nova, ele a encontrou caída no chão da cozinha ao lado de uma garrafa de pesticida para horta.
Eliana quando o viu sair daquela maneira teve certeza que tinha sido abandonada e sabia que ele não voltaria mais, sem pensar duas vezes ela foi até um pequeno almoxarifado de pesticidas e venenos, pegou uma garrafa e tomou. Foi fatal, para ela e para o feto.
O fazendeiro não sabia mais o que fazer ou o que pensar, e começou a correr pela fazenda, como se quisesse fugir para um lugar onde nada daquilo estava acontecendo, até que ele chegou ao rio que cortava ao meio o lugar, o rio era fundo, cheio de pedras, de água turva e a correnteza era forte. Ricardo só conseguia pensar que havia acabado com a vida de Maria e que havia matado Eliana, foi tomado pela culpa e movido por ela se jogou no rio sem hesitar.
_ Para onde? – Pergunta Tom.
_ Ah, sei lá. Vamos para o centro da cidade e lá pegamos algum ônibus para algum lugar. – Respondeu Sophia, completamente elétrica e agitada pela idéia que acabara de ter.
_ Ta vamos...
Então se despediram de Rachel, que não pode ir por conta de uma prova. Colocaram o jaleco da escola federal na qual estudavam juntos há quase um ano e tomaram um ônibus rumo a parte central da pequena cidade. Durante o percurso decidiram ir para um shopping que ficava na cidade vizinha. Desceram do ônibus em que estavam e se dirigiram para o ponto do ônibus intermunicipal e o tomaram. A viagem demoraria por volta de uma hora, então os dois foram conversando, Sophia falava de como havia sido sua festa de 15 anos e sobre como era sua relação com o pai e sobre coisas típicas de pessoas que buscam se conhecerem. A viagem passou tão rápido que Tom nem percebia a hora que passava, até que Sophia com um olhar assustado e um rosto confuso diz:
_ Acho que já passamos do ponto que era pra soltar.
Tom se assusta, afinal não sabia chegar ao tal shopping.
_ Pergunte a cobradora! – Sugeriu Sophia.
E Tom o fez. O ponto onde deveria descer era o seguinte. Todos então respiraram aliviados, levantaram, puxaram a sirene e desceram do ônibus.
Os dois, como dois típicos adolescentes que fogem da escola com pouco dinheiro no bolso, ficam dando voltas no shopping, vendo vitrines e observando se as pessoas que passam em volta são bonitas ou feias.
Tom observa que o elevador do shopping era externo, e de vidro, daqueles que dá pra ver a altura em que se está, e começa com a insistente idéia de andar no elevador, como uma criança que quer andar em um brinquedo no parque. Então eles foram e subiram do primeiro ao terceiro andar. Chegaram à praça de alimentação.
_ Comeremos fast-food ou algo quente?
_ Ah Sophi, sei lá, você é quem sabe.
_ Então vamos tomar café expresso e comer pão de queijo, porque o dia está frio.
_ Está bem.
Os jovens se dirigiram até uma pequena cafeteria, Coffee Express, fizeram o pedido e se sentaram. A cafeteria ficava no meio da praça de alimentação, e era quadrada, o balcão era de granito e haviam bancos de bar em volta. O pedido chegou e eles começaram a conversar. Tom não pode deixar de perceber que o gerente do estabelecimento era um encanto e Sophia não pode deixar de comentar sobre o menino de olhos claros que estava no balcão adjacente.
Conversas, confissões, histórias, observações e risos, muitos risos.
Sophia e Tom acabaram os cafés e deram mais uma volta no shopping, e encontraram uma loja de livros e CDs, entraram e ficaram lá um tempo, folheando clássicos e novidades e vendo álbuns antigos e alguns até raros. Saíram da loja.
_ Tom vem comigo que eu quero te mostrar uma coisa.
_ Ta bem Sophi, vamos.
A garota levou Tom até o estacionamento que ficava na cobertura do prédio, a uns cinco andares, e o mostrou a vista. Tom ficou encantado. A rua vista daquela altura até parecia que era tranqüila e quieta, o vento frio soprava mais forte e o céu nublado parecia mais perto naquele momento.
_ Sophi, isso aqui é incrível.
Dizia Tom com um ar de surpreso.
_ É eu sei disso.
De repente um guarda aparece:
_ Perdoem-me, mas não é permitido ficar transitando pelo estacionamento.
_ Sim senhor, já vamos. – Respondeu Tom, com o rosto desapontado.
Voltaram para dentro do shopping e encontraram uma porta lateral, onde havia uma espécie de canteiro que servia muito bem como banco. Sentaram ali e ficaram ouvindo música do Ipod de Tom.
_ Sophia temos que voltar, nós prometemos a Rachel que voltaríamos para a escola a tempo de encontrarmos com ela.
_ É verdade vamos, já são quatro horas.
Levantaram e desceram à rua lateral do shopping, ainda em baixo de chuva fina.
_ Sophia os cigarros de cereja estão aí?
_ Estão sim.
_ Me dá um?
Sophia tira da bolsa o maço de L.A Cherry e o isqueiro. Um cigarro para cada um, eles acende e o cheiro meio doce logo sobe. Aceleraram o passo para fugir da chuva que apesar de fina era insistente. Chegaram ao ponto e ficaram lá aguardando uns cinco minutos até que tomaram o ônibus de volta.
_ Tom você nunca foi a minha casa não é.
_ É
_ Esse ônibus passa lá perto, te levo lá pra você aprender o caminho.
_ Tudo bem.
E mais uma hora de viajem de volta. Novas conversas e novos risos. Então finalmente chegaram à casa de Sophia. A empregada ainda estava lá fazendo seu trabalho. Sophia mostrou o álbum de 15 anos e a casa em geral.
O celular de Sophia toca, era Rachel.
_ Sophia onde vocês estão? Eu estou esperando há uma hora.
_ Já estamos chegando Rachel, eu juro.
_ Então ta...
Os amigos então saíram da casa de Sophia, e como a chuva havia parado, foram andando para a escola, o percurso demoraria uns dez minutos.
Quando chegaram lá, encontraram Rachel esperando junto com John e todos sentaram e ficaram conversando até o finalzinho da tarde, quando todos decidiram que já era hora de ir para suas casas. O ônibus de Rachel foi o primeiro, depois o de Sophia, Tom e John foram tomar o trem.
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Olá queridos.
Texto sobre a sexta-feira, 14 de março de 2008. Um dia em que não fiz nada de incrível, mas que me diverti como nunca. [ ^.~ ]
Elas querem é poder!
Mães assassinas, filhas de Maria
Polícias femininas, nazijudias
Gatas gatunas, kengas no cio
Esposas drogadas, tadinhas, mal pagas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
Garotas de Ipanema, minas de Minas
Loiras, morenas, messalinas
Santas sinistras, ministras malvadas
Imeldas, Evitas, Beneditas estupradas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
Paquitas de paquete, Xuxas em crise
Macacas de auditório,velhas atrizes
Patroas babacas, empregadas mandonas
Madonnas na cama, Dianas corneadas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
Socialites plebéias, rainhas decadentes
Manecas alcéias, enfermeiras doentes
Madrastas malditas, superhomem sapatas
Irmãs La Dulce beaidetificadas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
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Ontem foi aniversário dele, pensei em fazer algo especial e depois meu quarto. Não foi bem o que aconteceu, mas mesmo assim foi bom.
Para início, não tivemos aula, eu sugeri um cinema e ele foi reunir a galera. Quando chegamos ao shopping percebemos que não havia nenhum filme que valesse a pena. Então ficamos todos sentados na praça de alimentação, duas mesas separadas, a galera em uma, cerca de dez pessoas, e na outra os amigos, éramos quatro. A galera foi embora e nós, os amigos, resolvemos voltar à escola. Ainda juntos, comemos algo e fomos para casa, bem ele veio para minha.
No fundo ele já sabia o que eu queria. E eu meio sem jeito de chamá-lo para o quarto usei a desculpa do computador. Quando entramos, ele, como de costume, deitou na minha cama e eu não resisti, deitei por cima dele e comecei a beija-lo. Tudo pareceu mais quente, o corpo mais agitado. Em minutos eu já estava nua e ele só com a roupa de baixo. A respiração ofegante, o corpo entrando em êxtase, ele deitado por cima de mim, e de repente ele pára. Sorri. E diz: “Eu adoro te ver assim.”. Começou a fazer carícias em meu rosto e com o maior sorriso, me disse a melhor frase de se ouvir: “Eu te amo.”. A felicidade me tomou por completo. Ele deitou em meus seios e ficou ali, parado. Nesse momento veio a minha mente todos os caras que gostariam de me ter e ele ali me dizendo que só o fato de estar abraçado comigo já era o suficiente para deixá-lo satisfeito. Ficamos assim, conversando, trocando juras e sentimentos. Resolvi levantar, mas ele acabou me convencendo a voltar para cama, deitamos novamente, dessa vez ele ao meu lado e eu com uma das pernas, um dos braços e a cabeça debruçados nele.
A noite estava calma e pela janela aberta entrava um vento fresco.
Ele adormeceu, e eu, como sempre, velei seu sono. Em meio ao silêncio, comecei a pensar o quanto ele é especial e único. Passado um tempo, resolvi acorda-lo, lembrei que minha mãe poderia chegar a qualquer momento. Ele acordou sorrindo e agitado. Tentei tira-lo da cama, mas ele, mais uma vez, me puxou de volta. E então começamos tudo novamente, mas desta vez, fomos até o fim.
Sorrisos... Beijos... Suspiros... Desejos... Pedidos... Gestos... Ordens...
O celular toca. Era a mãe dele, dizendo que uma dezena de pessoas já havia passado na casa dele para lhe parabenizar e pedindo que ele não demorasse muito para sair de minha casa. Já que certamente ele demoraria cerca de uma hora para completar o percurso.
Então, um tempo depois, nos vestimos, e entre beijos e conversas conseguimos sair da minha casa.
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P.s (1): Texto escrito originalmente dia 29 de Fevereiro de 2008, durante uma entediante aula de biologia e em meio á ótimas lembranças.
P.s (2): Texto escrito para ele.
Meu eu se dividiu em duas partes de forças equivalentes que de tempos em tempo se contrapõem e se enfrentam, mas nunca avançam ou recuam. Continuam sempre com o mesmo espaço e mesma força. Essas partes conhecidas como razão e coração, ou mais claramente, são “o que eu devo fazer” e “o que eu quero fazer”, novamente se chocaram. De um lado o desejo, do outro o sentimento.
No íntimo, sei que já me decidi pelo sentimento.
Distraio-me mais uma vez com a fumaça do cigarro. Ah! Meus cigarros de cereja, no fim eu sempre estou com eles. Vendo a fumaça esvaecer me sinto leve, como se eu sumisse junto. Por alguns segundos ao menos.
Meus pensamentos são como esferas isoladas, algo parecido com o sistema solar, uma idéia central ou a maior no momento e em volta esferas um pouco menores que giram todas no mesmo sentido, mas nunca se chocam, podem se alinhar, mas nunca se encostar. Esse é o máximo de coerência e organização em minha mente. Algo conjunto em eterno movimento.
O meu cigarro de cereja agora está no fim, sinto o gosto do último trago, e agora a realidade me chama novamente, ou melhor, ele me chama.
Tenho que ir agora, mas um dia eu volto. Quem sabe...
Quando chego lá eu começo a devanear e desejar e sonhar e formular. Lá é onde ficam todas as minhas opiniões, todos os meus sonhos, todos os meus verdadeiros segredos, tudo o que eu desejaria contar, mas que sempre guardo pra mim. Nesse lugar eu encontro uma menina livre, ela pode voar e conseguir tudo o que desejar. É de lá que vem tudo que escrevo e a maioria das coisas que me inspiram. É imensurável.
Mas às vezes, também não possui luz e é sombrio e vazio, triste e quieto. Por vezes esconde ódios e amarguras. Esconde lágrimas.
Ninguém jamais foi lá comigo. Ninguém jamais quis ir lá comigo, não sei se por desinteresse ou medo. É um mundo de apenas um habitante – eu, mas não pense que lá sou solitária, pelo contrario lá tenho a minha melhor companhia, minha imaginação.
Meu esconderijo perfeito onde tudo é perfeito e exatamente do jeito que quero e desejo, um lugar aonde chego rapidamente e de onde não quero sair nunca. Um lugar incrível.
Meu obscuro.
Meu distante.
Minha mente.
Fecho os olhos
E logo me vem a mente,
Eu correndo para os seus braços
e encontrando o teu calor.
Então, começo a delirar
Confundido o real e a ilusão
Me perco em meio
Teus braços e mãos
Boca e lígua
Calor e corpo
Ah teu corpo
O único lugar em que me encontro.
De repente acordo
E na realidade percebo que não estás aqui
Tola
Sonhando acordada
Lembro o que é saudade
E assim tudo está terminado
Me levanto e olho além
Tentando distinguir o que é real
E o que é forjado por minha mente.
--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--_--
Yeah!
Já estava com saudade do meu cantinho
E para o retorno, como prometido, poema novo.
Mais um sobre saudade (já deu pra perceber que é meu assunto favorito).
O meu carnaval foi bom, só não foi ótimo porque ele não estava comigo... mas me diverti muito com meu irmão.
Beijos a todos!
Algo diferente estava no ar.
Num movimento súbito, Ann uma linda morena de cabelos encaracolados e negros e olhos verdes, acaricia o rosto de Lucy que é mais nova uns meses, a pele branca da menina corou no exato instante em que sentiu a mão fria da amiga, os cabelos lisos e louros voaram para trás como se a cena já tivesse sido ensaiada.
_ Ann o que está fazendo? Perguntou a jovem assustada.
_ Algo que nós duas queremos já faz um bom tempo. Responde Ann com um sorriso meigo.
A menina loura então sorri e Ann se inclina e a beija. Lucy ao sentir a boca da amiga quase congela, o coração acelerado, as mãos suadas, não fazia idéia do que sentia e do que acontecia, mas mesmo assim se rendeu ao beijo. Ann por sua vez, mal acreditava que o que desejara há tanto tempo estava acontecendo, saboreava o gosto dos lábios de Lucy lentamente, como se torcesse para aquele momento nunca acabar.
Lucy voltou a si de repente se afastou da amiga, olhou nos olhos dela e perguntou:
_ Será que estamos fazendo o certo?
Ann apesar do ar de indignação, respondeu docemente:
_ Lucy eu a amo há muito tempo, e eu sei que você me ama também o que poderia estar errado entre nós?
Espantada pelo que ouviu, e surpresa pela amiga saber sobre seus sentimentos Lucy quase que por um impulso esbraveja:
_ Mas como sabe o que sinto por você?
A menina cora e abaixa a cabeça envergonhada.
Ann sorri e com um tom de alegria diz:
_ Eu sempre soube, consigo ver no seu olhar.
Então com o indicador ela levanta a cabeça da amada pelo queixo, e olhando nos seus olhos diz:
_ Eu te amo, e você também me ama e não há nada de errado nisso.
Ao ouvir isso, Lucy sentiu um arrepio, as mãos ficando molhadas, e em sua mente veio todo o ensinamento católico que lhe fora dado nos anos de colegial.
_ Ann, mas me ensinaram que isso é errado, devo lutar contra esse sentimento. Não é certo.
Disse a menina com a voz em tom de choro.
_ Lucy eu sei o que lhe ensinaram, mas nada que tenha amor puro pode ser errado, não precisa lutar contra esse sentimento. Isso será pedir para sofre pro algo que pode ser perfeito.
Lucy sorriu e com a voz baixa e trêmula, como quem não tem coragem de dizer, disse:
_ Ann... Eu te amo.
Ann mal acreditava no que ouvira. Acariciou mais uma vez a face de sua amada e a beijou, e dessa vez como quem dá o primeiro beijo de uma vida. Lucy ainda temia o que poderia acontecer, mas o coração batia tão de pressa e aquele beijo era tão perfeito, que esqueceu por uns instantes tudo que poderia ser errado e deu vazão a sensação de sonho realizado que a tomava por completo.
Cansada de dizer muitas coisas.
Eu me encanto por tudo que possa embasar minhas idéias, esse é o principal motivo de ser encantada por ele. Penso que nem ele em questões como Brasil, música, atitude, comportamento, sexualidade, religião... e por aê vai.
As vezes penso que a minha alma gêmea morreu antes de eu nascer, e como não acredito em outras vidas, talvez nunca a encontre afinal. Esse pensamento me vem as vezes, mas como sou uma romântica assumida, pode ser que um fio de esperança se acenda e me mostre que um outro Cazuza "da vida" possa existir.
A maioria das pessoas quando pensam em Cazuza, idealizam: Homossexualidade, drogas, sexo e bebida, tá confesso que também me lembro de tudo isso, mas, cara, também penso em um romântico autêntico, um corajoso, um poeta perfeito, o poeta que colocou o romance "dor de cotovelo" ao som do Rock n' Roll.
Por muitas vezes quis viver como ele... Mas preferi continuar sendo a boa menina que as vezes foge de casa.
A minha última descoberta sobre ele foi o "peso cristão", isso só entende quem vive, aos que nunca ouviram falar explico: É o fato de uma pessoa ser criada em uma religião cristã e quando cresce alopra e larga todos os ensinamentos de lado e depois de um tempo isso pesa na consciência.
E isso é chato.
Eu por exemplo, já não bastavam o batizado e os ensinamentos católicos de quando era bem criança, ainda me batizei e aprendi os ensinamentos evangélicos, e por fim enchi o saco de tudo e larguei tudo de mão. Já fiz tudo que disseram pra não fazer (e provávelmente fiz pelo prazer de contrariar) e neste exato momento uso a biblía apenas como apoio para escrever o rascunho de um devaneio. Mas confesso que as vezes essa dorzinha na conciência vem...
E pra acabar esse desabafo franco, que foi o primeiro ..............
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Merda, estou pensando há meia hora e não sei como terminar isso.
Vai ver é porque meus verdadeiros devaneios nunca acabam, eles simplesmente esvaecem e de repente tomam forma novamente.
No silêncio do quarto
Ouve mil vozes de inspiração
E quando a solidão vem fazer companhia
Tudo parece fazer sentido
Olha para o breu e vê
Possibilidades aprisionadas em meio a imprecisão
A mente se perde em devaneios
Pobre,
Não consegue por nas linhas o que pensa
Arrisca escrever apenas o que sente.
Eu sei que demorei um pouco para atualizar o blog dessa vez,
mas tenho usado toda a inspiração para escrever um conto
que talvez eu coloque aqui mais tarde.
Sobre o poema, sinceramente, não gostei...
Mas queria atualizar o blog e era o que eu tinha.
Beijos a todos que comentaram no último post !!
[^^]
Beijos a todos !
Quem devaneia
- Thaise de Melo
- Eu sou assim... Escrevo pra me mostrar de besta. Porque o meu poema redime o meu lado mau. Porque o meu poema é pra quem me ama...